terça-feira, 9 de abril de 2013

Bôbos da corte

Agora o manjar volta a manchar
de vermelho minha pena,
importada e de ave estrangeira,
não se vá cá cair na asneira,
de se segurar ave nossa,
como empurrar carroça,
deixá-lo para o burro que carrega tudo.
burro, por acreditar que sim.

pois então,

Gaivota vai voando
Pousa e ri esbagaçada.
maior é teu engano,
nas malhas orquestradas,

Mar, bate na rocha!
de lava cara,
guerreando,
sem nada.

Gaivota sai voando,
pela urbe lá fora.
trás notícias cantando,
pelas margens da demora.

A sua estridência!
que até pasmo cora,
é de alvoroço sachando,
o que demais, embora,
se acha de mais, e tanto!

é esgravatada...
desgrude.
esponja e emprestada.
gorgulho magnânimo.
oprimisses-nos menos.
basbaque desquebrando,
bar-ganância
reaprende,
Rasga.

Ré com vós monstros!
desafinados diabos,
mosqueteai, que ministros,
surrando besta que bacu,

Grande se apavora.
com o cantar do rei dos cacos,
sagras os que condes,
levados dos antepassados,
são mais que os estrondos.

cabeças e machadadas.

uma porção de vermelho,

e assim o festim continuou.

agora com outro mais 

mais um chegado do apelo,

sangrento

não cessa

o ruído tribal

que faminto

se alimenta de si próprio.

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