segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

para quando o fim da colheita de minha alma


é preciso chorar, chorar também é dançar
ao passo das gotas que o céu verte
em rios que não param de correr...
nem dá para compreender
a sua terna mão, do céu vem, pelo homem
esse bixo tão tenaz quanto gracioso
ostenta quanto desfaz, sua própria criação,
a ilusão,
de roubar pra si o direito, que não tem, que tem
que desgosto lhe vem...roubar, a quem rouba,
o mesmo mal lhe vem...que a terra não tem
mais que fazer, senão não parar, de girar
então que gire, e gire e rodopie
na sua dança de sempre se agite
a graça de nascer de novo
de novo nascer a graça
de girar...


escrito por - Paulo Ricardo Bicudo