terça-feira, 19 de dezembro de 2017

pérolas atlânticas

Percorri margens
de Tejo e Douro.
Belas miragens
de prata e ouro.

Mas quis o mar,
mostrar seu tesouro,
dançante à luz do luar,
encantando todo moçoilo.

São Ninfas e Nereidas
ora fugitivas, ora gentis
De Noite, sereias
de dia querubins.

Em lagoas,
quentes ou frias,
vistas boas,
quentes delícias.

Cascatas a correr
ao longo das ribeiras
moçoilas a tecer
no tear das cantadeiras.

Cantigas alegres
ou choro cantado
no fôlego de Hermes
que venha meu fado...

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Chama azul


A pele nua de um corpo ardente,
Calor de lua, Fogo reminiscente.

por entre toque dos dedos
uma ofegante exclamação
aguardo perder os medos
elevar-te desse chão

harmonia no destino,
que se torna leve.
Deixo aquele suspiro
agarro o que pede.

Solto no vinho
beijos sedentos
devagarinho
por entre ventos


manhã



sofro do calor das palavras
que ardem entre nós,
cartas abertas ao vento,
momentos tão juntos,
e sós.

alicerce de fogo,
numa casa de papel.
assim me toca,
letra por letra,
esse poema
mágico tema,
amor, trágico.

salobra água
que acalma,
este lume.
em quente caldo
minha ilha
flutua
de noite e de dia
até á montanha,
até ao seu cume.

azul mar su’alma,
faz me n’água levitar,
sem pressa, nem calma.
Fico e deixo me ficar.

Custa ver em tanta beleza
O manto triste da tristeza.
depressa tudo irá mudar
ficar alegria em seu lugar.