Milhafre em espirito
No ar alto, acorda a saudade,
a ilha sobre o mar.
na convicção do milhafre,
plana a certeza,
rumo à convicta,
roda da vida.
tornando,
vinho que brota
no plano exorta
além mares de bravo
heroísmo, na graça
em vôos, nas asas
bordadas, de massas
d’ouro, esvoaça.
sobre o azul,
ou debaixo dele,
mora o tempo,
deixa vê-lo.
Alheio ao mundo,
mas nele perdido,
presente futuro,
suspirado em grito.
Suores em casca
de alimento esquecido.
mostra o que lavras,
nosso ente vivido.
canta a cagarra
de novo de rota em rota,
desconhecido
tece, baila e tranceia
novo santo tecido.
onda em onda
sopra o sentido
quebra e torna
sopra, destino.
no olho do milhafre, em espirito
Lança e espada
pelo amor desferida
compaixão entrelaçada
perto, a distante despedida.
Açorianos guerreiros,
com seus santos padroeiros.
de eiras e pão, pedreiros.
de novas gentes hospedeiros.
Guardai dentro esta canção
pois se para vós é a cantoria
é porque em vós sinto.
pai nosso, filho, espirito santo
Vosso livre cancioneiro,
sorria.
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