terça-feira, 27 de setembro de 2016

Milhafre

Nov 1, 2012

Milhafre em espirito

No ar alto, acorda a saudade,
a ilha sobre o mar.

na convicção do milhafre,
plana a certeza,
rumo à convicta,
roda da vida.

tornando,
vinho que brota
no plano exorta
além mares de bravo

heroísmo, na graça
em vôos, nas asas
bordadas, de massas
d’ouro, esvoaça.

sobre o azul,
ou debaixo dele,
mora o tempo,
deixa vê-lo.

Alheio ao mundo,
mas nele perdido,
presente futuro,
suspirado em grito.

Suores em casca
de alimento esquecido.
mostra o que lavras,
nosso ente vivido.

canta a cagarra

de novo de rota em rota,
desconhecido
tece, baila e tranceia
novo santo tecido.

onda em onda
sopra o sentido
quebra e torna
sopra, destino.

no olho do milhafre, em espirito

Lança e espada
pelo amor desferida
compaixão entrelaçada
perto, a distante despedida.

Açorianos guerreiros,
com seus santos padroeiros.
de eiras e pão, pedreiros.
de novas gentes hospedeiros.

Guardai dentro esta canção
pois se para vós é a cantoria
é porque em vós sinto.
pai nosso, filho, espirito santo
Vosso livre cancioneiro,
sorria.

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