terça-feira, 18 de junho de 2013

Humildade vestida de negro, Vejo




Não sinto só falta da minha terra.
Sou uma rocha de basalto no Tejo.
Uma laje da lava serva,
que lhe voltará a sentir o beijo.

Não sou só uma rocha de basalto,
Sou filho do pulsar da Terra,
do sangue derramado no mar alto,
dos infortúnios que ele encerra.

vestido de humildade
e orfão de futilidade...

No Tejo, barcaças a passar,
Rochas abraçadas ao leito.
uma imagem para enganar
a saudade que enche o peito.

vestido de humildade
e orfão de futilidade...

QUARTA-FEIRA, 14 DE NOVEMBRO DE 2007



Vejo

Sete colinas deitadas,
e eu a monte.
ás tuas portadas
vejo o horizonte.

olho o tempo envelhecer
e as velas sopradas
de novo é anoitecer
sinto as pernas quebradas.

e oiço vozes ecoar
Sonhadas Saudades
que eu vou lembrar
Porque é nesse mar...
é nesse mar...
e é nesse mar...

Nesse mar que é distância,
que é tristeza,
onde minha ânsia
me trás firmeza.

baixinho oiço o cantar
das cagarras, que ao voar
rompem a saudade de festejar
e de gritar
e de chorar
nesse mar.
Nesse mar.

DOMINGO, 11 DE NOVEMBRO DE 2007





Nenhum comentário:

Postar um comentário