Não sinto só falta da minha terra.
Sou uma rocha de basalto no Tejo.
Uma laje da lava serva,
que lhe voltará a sentir o beijo.
Não sou só uma rocha de basalto,
Sou filho do pulsar da Terra,
do sangue derramado no mar alto,
dos infortúnios que ele encerra.
vestido de humildade
e orfão de futilidade...
No Tejo, barcaças a passar,
Rochas abraçadas ao leito.
uma imagem para enganar
a saudade que enche o peito.
vestido de humildade
e orfão de futilidade...
QUARTA-FEIRA, 14 DE NOVEMBRO DE 2007
Vejo
Sete colinas deitadas,
e eu a monte.
ás tuas portadas
vejo o horizonte.
olho o tempo envelhecer
e as velas sopradas
de novo é anoitecer
sinto as pernas quebradas.
e oiço vozes ecoar
Sonhadas Saudades
que eu vou lembrar
Porque é nesse mar...
é nesse mar...
e é nesse mar...
Nesse mar que é distância,
que é tristeza,
onde minha ânsia
me trás firmeza.
baixinho oiço o cantar
das cagarras, que ao voar
rompem a saudade de festejar
e de gritar
e de chorar
nesse mar.
Nesse mar.
DOMINGO, 11 DE NOVEMBRO DE 2007
Nenhum comentário:
Postar um comentário